Notícias podem ser criadas, recriadas, montadas, remontadas, transformadas para atingir um público que absorve tudo o que circula diariamente, desde que se filtre o que esse público aprecia, como reage e se comporta, como previas de como a notícia vai ser montada, como se vai agradar para se usar na introjeção de aceitação, concordância, estabelecer como padrão, rotina, aceitação, e, assim, pagar para patrocínios, inserir como conceitos de vida, o que se repete anunciado em uma página, uma capa, uma revista, uma tv, sobrepondo a importância que às vezes não tem, e tentando injetar credibilidade, fama, aceitação, vide esses instrumentos de introjeção do objeto que se quer transformado e aceito. As aceitações podem ser temporárias, ou o trabalho pode virar um jogo de gato e rato, de privilegios de um grupo, e de se rechaçar outro. Como ela nasce, como se cria, se dá força, formato, e se impõe, é mais fácil em pessoas vulneráveis e sem opinião formada, ou fixa, volúveis, manipuláveis de acordo com certas assertivas. Ou seja, alguém não pode ter conceitos próprios, seguir seus padrões - se um veículo decidir brincar ou comprar a ideia de impor um favoritismo para elevar ou cobrir alguém, e forçar a preferência, pessoas sem opinião acabam aceitando o que se está sendo inserido, e repetido, para criar algum tipo de empatia, comentário, e nem se sabe por que. Ali se projetam propagandas, e alguém que se quer fazer chamar atenção do anda. Se o vínculo for brincadeira, como é, a maioria das vezes, para a mídia, pode tomar proporções perigosas.
Como fazer alguém ser transformada em sua face, sem cirurgias? A técnica da maquiagem. É como a notícia é criada, repetida, até ser aceita e gerar muito para uma ou mais pessoas, ou grupo. E, muitas vezes, em cima de coisas vazias. Capacidade de seleção, e de saber como a máquina funciona. Quem pode frear o que, ou fomentar o que, para que. Se coordenadas ou só páginas, viver e verão. Ou invernos. (Rosaly Queen) (Berlin at 9) (Foto: Reprodução)