Rio petiscagem litorânea. Rio´s menu all around the beaches.



Circular pelas cidades litorâneas do Rio mostrou peculiaridades que separam o fuzuê das grandes ao tradicionalismo ou brejeirismo das pequenas. Pequenas que eram só praia, um ou dois hoteis, e supermercados, e, hoje, tomaram outra perspectiva. Comer em algumas delas separa o menu dos pratos ricos em peixes, que também são mais caros, dependendo da propaganda e do estirpe da cidade, aos mais economicos, das que tomaram uma versão maior e menos sofisticada, e oferecem do trivial dito 'executivo' (arroz, feijão, carne e batata frita, mais salada), as moquecas e pirão e pratos como risotos com camarões, lula (!) e polvo. Buffets de Búzios podem chegar a 100 reais o prato, enquanto que em outras cidades, a 40. Depende do tipo de público, mas a temporada, os feriados e os enchimentos e esvaziamentos das cidades ditam alguns perfis.
Provar comida mineira, atrás de um dos hoteis mais tradicionais de alguma cidade litorânea, como o ..., traz feijão tropeiro, tutu de feijão, salada de bacalhau com feijão fradinho, deguste mineiro, diferente dos pratos luláticos e das paellas, e, se seguido das sobremesas, de confeitaria, como das tortas da Choco-Rá, vale, vale, vale. Versão tradição mineira com doces de confeito, torta de chocolate, na minha, abacaxi com ameixa, e, se é de tardezinha, e a academia ou a corrida na praia valeu, coxinha bem gordinha porque no exterior não tem. Nem na Printemps. Se o fuzuinho permite umas fofoquinhas básicas de interior, e gente desconfiada, ao primeiro olhar estrangeirado, mesmo se o mar é grande, a língua pode ser enorme. Coma uma sobremesa, um açaí na barca, no barco, no navio, que é energia para gastar na corrida de fim de tarde, ou surfar. Coisas de cidades pequenas. Muitas pousadas espalhadas, mas quem levou a fama foi a outra cidade mais à lá figura de Brigite Bardot. Se os pequenos hoteis ficam vazios nos dias de segunda a quinta, a lei do comércio rápido não entendeu que os preços poderiam cair e atrair mais visitantes. Não caem. E ficam sem eleitores, sem hóspedes.

Alguns com placas que enganam e parecem pequenos, se olhados da rua, mas, do lado de dentro, ofurôs enormes, para as fofocazinhas apenas com o grupo de amigos, das fotos, das famosidades (?), piscinas de charme, apartamentos estilo fazenda colonial ou bangalôs. Enganou? Não. Jornalista cava, fuça daqui, descobre dali, e o aparente pode enganar. Melhor se a cordialidade fazer crescer mais o lugar, da mesma maneira inversa que a falta dela espanta, para bem longe, qualquer hospede que sabe que ficaria mais bem hospedado, onde? Ah, interior que precisa crescer, de outras maneiras do que em comércio e extensão. No Brasil ainda tem muito disso, de se dar fama a determinado lugar, espalhá-la no exterior, mesmo que várias falhas já tenham começado a se instalar, muita gente paga caro sem questionar, e não muda o roteiro para cidades melhores, com menos fama, mas com mais marzão, mais possibilidades de estender o descanso, e ficar longe de agruras de menus. Em ... tente o açaí da galeria ... para redobrar as energias, e seguir em frente. Ao próximo destino. Faltaram os doces do Suíço, e a pastelaria com as versões salgadas com massa de pimenta. Fica para a próxima, se a academia for revigorada e permitir. Au revoir. (Berlin at 9)