Reflexos do esporte, impactos, resistencias. Sports resistance - impacts.







Em entrevista anos atrás, um técnico americano falava de como o tenista Rafael Nadal superou suas barreiras para pisar em saibro, e conseguir praticar tenis. Com um problema congenito no pé, foi advertido do que poderia acontecer se resolvesse jogar. Resolveu. Jogar. Nadal cresceu como um dos maiores nomes do tenis mundial. Resistiu às dores, superou-as, na maior parte das vezes. Não dá para esquecer algumas das cãibras que o fizeram suspender a respiração em coletivas de imprensa. O cochicho no ouvido dos médicos atendentes em quadras. Se alguém falar de exemplo de superação em esporte, ele é um deles. Dos maiores.
Nadal enfrenta lesões sempre, como muitos dos tenistas. O impacto é forte em quadra. Tênis foram confeccionados para diminuir essa batida do corpo contra o chão. Mas ainda é um impacto considerável. E o dele é maior que os de Federer, por exemplo.
Nadal não desistiu. Já jogou com o pulso inchado, como foi em Roland Garros, no ano passado. Como se cobra resultados na mídia, mais do que o que acontece com o corpo de um atleta, porque a dor não aparece na foto, a menos que a feição esteja enrugada, se requer que um atleta prove sucessivamente que é potente, intocável, resistente. Mas corpo é feito de ossos, junções, músculos e gordura. Orgaos vários. E se a imprensa ou Toni Nadal remetem ao fato de que as lesões se repetem entre os jogos, isso não é de hoje.
E não seria o principal empecilho da temporada 2019. Se ele parou e resolveu considerar os jogos mais importantes, e não jogar em Indian Wells, contra Federer, ele tinha que considerar aspectos de seu corpo que outros da imprensa não iriam considerar. Só os resultados no placar. Mas o corpo poderia falar errado em Monte Carlo, na importante Barcelona e Madri para ele, e fazer ouvir outra música. Um grito. Na hora errada.
No pain, no gain. Nadal é um resistente no tênis, adora a competição, mas sabe também que precisa estar mais atento ao conjunto que a aspectos de cobranças baseadas nas festividades momentaneas que o publico absorver de campeonatos.
Se forçasse em Indian Wells, poderia ser bem pior, e comprometer mais jogos em que ele gostaria de estar. A frustração poderia ser pior.
Federer também em lesões. Novak também. Thiem, outro. Cada um em seu nível de dificuldade. Como a tal pergunta sobre aposentadoria que se repete ano apos ano para cada tenista mais avançado, são perguntas e incursões por onde a mídia vai discorrer e andar.
Responsabilidade é a palavra chave. Capacidade de separar o que é positivo e o que é repetitivo, cansativo, enfadonho, acomodado. Mesmices não poderiam turbinar a temporada nova. As perguntas podem ser praticamente as mesmas, mas as respostas não precisam ser.
Tudo muda em 24 horas, nem tudo precisa ser conservado tão seguro. Surpresas - boas - aparecem a cada estação. É preciso postura firme, saber onde se está pisando, sem balançar em pontes estranhas. A finalidade é muito boa. Dias comemorativos e de pensar em festejar, mais que acumular posições negativistas, e absorver maus humores alheios.
Só está começando. (Berlin at 9) (Rosaly Queen) (Foto: Reprodução)