Djokovic, rivalidades, desistência, fama, fair play. The Three´s issues.



O eterno questionamento sobre a preferência e o quilate comparável entre os 3 melhores tenistas da atualidade, Roger Federer, Rafael Nadal, e Novak Djokovic, esbarra em alguns itens para o sérvio. Sim, ele é bom. Sim, já foi número um por um bom punhado de tempo, Federer abocanha a posição intercalada com Nadal. Federer joga com aparente tranquilidade, Nadal mal pisca, é focado, concentrado, reclama às vezes. Mas suporta dores quieto. E extrapola seus limites o que pode encantar com resultados, mas imputa recuperações doloridas, quando as lesões estão em pauta. Djokovic experimentou uma temporada de 2018 com algumas peculiaridades. Sim, o sérvio, que não ocupava a posição de número 1 por um bom tempo, aproveitou-se de brechas, e não foi somente na raquete, mas na exploração de pontos fracos e de um papo quase consistente.
Observar os oponentes por um bom tempo, e, na convivência, ficar atento a alguns detalhes, revela muito do que ele usou como arma para ganhar em 2018 a posiçaõ que era de Nadal.
Nadal entregou o serviço quase que gratuitamente.

 Desistiu do Aberto de Paris, o que daria a brecha para Djokovic ganhar a posição dele, de número 1. Foi um desvio de Nadal, ele abriu mão, e Novak alcançou pela re-saída. Não foi na raquete.
Ataques via internet, foram outras fórmulas tentadas por Djokovic. Atingir algum suporte, para tirar e ajudar a substituir a fonte de estímulo de Nadal.
O espanhol disparou na frente em 2018, e o lado psicológico e emocional fortalecido forma um foguete acionado ao sucesso, e múltiplas vitórias, e Novak procurou caminho ali. Nadal não percebeu de onde veio, e abriu a brecha. Novak revelou alguns detalhes do ano passado, que resultou em sua vitória em Wimbledon. Para o público, algumas coisas são aparentes só no dia do jogo. Pela tv.
Por detrás, muita coisa acontece, e os detalhes podem estar ali.
Via net.
Dali, e de vitórias via outros detours, pode vir a rentabilidade maior e atração de patrocínios, visibilidade em tvs ou não, é tudo um conjunto orquestrado com algo mais do que aparentemente acontece em quadras e em treinos. Jogadas outras. O que fica nos bastidores, nem todos sabem, a mídia explora, alguns ficam no suspenso, outros alimentam a voracidade achando que as ferramentas que funcionaram ontem, online, vão continuar. Outros aproveitam para adicionar detalhes e se aproveitaram das brechas para promoções em revistas. de alguma tsunami que veio se arrastando ninguém sabe de onde. Os efeitos, só são aproveitados por um, e podem definir toda uma temporada, ganho e perda de patrocínios, e uma sequencia que se espalha não só em colocações mas definições além do jogo na quadra.
Se Novak, Federer ou Nadal são que classificação de melhores, se é nas quadras, na vontade, no balanço, na inteligência, na provocação ou na própria capacidade, alguns fatores falam alto, mesmo para quem enraizou preferências para Djokovic.

Em Indian Wells, o clássico Federer-Nadal não aconteceu. Nadal sentiu muitas dores no jogo anterior, chamou atendimento em quadra, o que só faz, quando realmente a situação está forte, e ainda manteve com semblante de que conseguiria finalizar a partida. Advertido sobre as consequências de enfrentar o tal "clássico" para o público, para a imprensa, e para satisfazer os famintos pela disputa, tão celebrada no tênis, resolveu se poupar. Decisão difícil, já que tvs, mídia, incentiva o resultado, e pouco pensa no que custa para o atleta, e para o restante da agenda no ano.
Federer, com classe, elegância, entendeu. Não se glorificou, não aproveitou  alguma brecha para se auto-promover, o que não aconteceria com Djokovic. Cuja voracidade chegou a instantes de deboches e uma hiper-glorificação acima de tudo, como se fosse o único que valesse, a auto-valia como se fosse apenas sua a qualidade de chegar ao topo da lista. Aproveitou para promover livro da mulher, Jelena, mas foi uma brecha de Nadal.
Federer não usou o marketing que poderia. Entendeu a posição de Nadal, e postou um vídeo da parceria dos dois em disputa em quadra. Fair-play, fair-atitude, nem tudo é negócio, negociável, businnes, capa de revista forçada, loucuras por fama, por primeiros lugares, por insanidades fomentadas por mídia, por atropelos, de quem vence todas e se prova como invulnerável. Todos são vulneráveis. E a melhor qualidade de Federer e Nadal está exatamente aí.

O caráter e a elegância de Federer, que poderia querer a posição subir, e a vitória sobre um Nadal com joelho ressentido, se revelaram um top 10 em qualidade de atleta, de superioridade, diferente da voracidade a qualquer preço de Djokovic, que usou de deboches e tentativas de humilhação de mídia na internet para rebaixar outros apoios de terceiros. Não é por aí. A lição é outra.

Federer e Nadal ensinam de outra maneira. Por isso são os melhores do mundo. Mesmo que não estejam empatados na posição de número 1.

Bem diferente dos desabados como Kyrgos, que falam de injeções de drogas e acusam de doping quando sua cabeça funciona desordenadamente, e deveria ser mais testado. Ou ser mandado a ficar calado, sob penalidades e multas em dinheiro. Se acontecesse, o clima seria melhor.
Quanto vale do marketing, das circuladas em internet, das divulgações milionárias, ou do prazer do esporte. Vai até onde, perdeu aonde o fio da meada, e vai conquistar o que.

Classe, Nadal e Federer, por isso são os clássicos mais esperados. Atletas com atitudes de atletas responsáveis, respeito, cabeça em ordem.
Novak parece que se perdeu, na loucura da prova de superioridade e vitória.
Não é só acusar acima, e ajoelhar para não comer grama. É aprender outra atitude, e obter a posição na raquete. Não online. Ou por desistência. Mas... esporte. (Rosaly Queen - Berlin at 9) (Fotos: Reprodução)