Rafael Nadal derrota Tsisipas e Encara Djokovic, na final do Australian Open. Nadal faces Djokovic, finals Australian Open 2019.



Não é grama, é saibro, mas Djokovic ou se ajoelha, ou vai procurar verde na praia. Na final do Australian Open, em Melbourne, o sérvio tenta fazer brincadeiras de manhã, aparecer na praia, com o técnico totalmente fora de forma, e mesmo que tente investir com o psicológico, ele vai ter que enfrentar o espanhol Rafael Nadal, que derrotou o grego Tsisipas sem dar chance para nenhum set de vitórias do novato.


São históricas as partidas longas em que os dois se enfrentaram em quadra, e apesar de Nadal estar extremamente melindrado, e preocupado com mostrar desportividade, sem ataques diretos no tênis, que é uma grande comunidade e muito vasta em identidades e amizades, e extremismos de disputas, ele vai ter que encarar que Djokovic aproveitou de vacilos seus para conquistar o que, hoje, lhe dá algum orgulho que é a posição de número 1 no ranking. Número 1 que, vale lembrar, veio por desistência: Nadal desistiu de competir no Aberto de Paris, alegando problemas estomacais, não se sabe se foram as refeições de Paris, ou os doces da patisserie da festa, ou se o problema foi devido a alguma festa de Halloween antecipada. Se a bruxa não está solta, ou, talvez, circulando áreas australianas, nem todo cordeirinho é inocente. Terra de ferozes, a atenção está voltada para a quadra. Djokovic tenta aparentar relaxamento, mas sabe que seu número 1 foi consequencia, lá de trás, de Wimbledon, e ele sabe por que, e por consequentes artimanhas de criar ataques sucessivos, psicológicos e emocionais, ou manipulativos, via internet. No vale-tudo, como as redes sociais têm uma força grande tanto de engano, de promover imagens falsas ou declarações idem, e contrastar com verdades ao vivo e a cores, é, sem dúvida, uma arma que muitos usam tanto de apropriação de perfil e identidade, para reproduzir em cópia e ganhos, quanto auto-promocional. Mas é ali, também, que quem se destaca, se destaca. E os outros copiam


Psicológico, Internet e Propaganda 

Filtros ou sem filtros. Filtrar o que? Favoritismos ou não-favoritismos, relevar o que, e exaltar a quem. O psicológico fala muito, e estar fortalecido para vencer o Australian Open, é prioritário. Novak espera silêncios, Nadal espera música. Elton John espera... vendagens de álbums com a música "Don´t let the sun go down on me". E Beyoncé espera... cores. O amarelo reinou como solar em todas as partidas de Rafael Nadal, e a cor caiu bem. Camisetas sem mangas para mostrar os músculos. Djokovic é bem mais magro. Skinny. Não exibe beleza aparente. Pode ser chato como osso engasgado, daqueles finos, que entram na garganta, naquele almoço na casa da tia da amiga, que não fez salmão, ou paella. A coisa sérvia é que o técnico de Djokovic, que já foi usado antes, em brincadeiras grotescas, até alvejar outros, ou adolescentes, para que ele conseguisse uma brecha para se patrocinar à posição de número 1, com recuos e escapes dos outros, acabou aparecendo com problemas aparentes na barriga. Branca, flácida, não tem muita mobilidade, visão de espaço. Novak estava bem lá atrás no ranking, então, para ele foi, realmente, um milagre, milagre, chegar ao número 1. Rafael Nadal parece ser bem melhor, treina mais, tem a capacidade de enfrentar lesões e se sustentar em quadra, e Novak, mesmo sarado, e sem lesões, não tem o mesmo potencial de Nadal. A queda da posição de número 1, sustentada por meses a fio em 2018, pelo espanhol, só foi perdida pela saída dele antecipada de Paris.



Nada logística, Nadal deixou brechas e foi Novak quem se promoveu com a Head, marca que o apoia no tênis, e na Lacoste, o que, inclusive, está usando o tom azul, o mesmo que Nadal apareceu em vários eventos, depois do Roland Garros, e que foi usado como inspiração de várias marcas internacionais para coleções de moda, da estação passada. Então, para Novak, nada de novo. Mais de ... marketing. Se Nadal deixa, ele entra com tudo.

Mas se depois de despachar a novidade grega para outras ilhas, competição é competição, pode dar o tapinha nas costas no fim do jogo, mas, no domingo, é o mano a mano, sem mano. É o caminho para a glória do Australian Open, um ano depois de toda uma movimentação de 2018, em cores e atitudes anti-assédio de mídia, que partiu dele, usando a cor rosa em detalhes no uniforme, para chamar a atenção para pressões desordeiras que se impões sobre o universo feminino na mídia, e em outras áreas, desfavorecendo a mulher em termos profissionais, de valores, e pessoais, o que pode acarretar em problemas subsequentes e retaliações inúmeras. Nadal chamou a atenção mundial pelo ato, o que atingiu celebridades internacionais, do cinema à moda e música, e, realmente, contagiou meio mundo, para silêncios e vozes caladas. Agora, um ano depois de ver o efeito de suas atitudes, e das guerras do contra de quem foi pego nas acusaçoes e teve que endireitar a linha, ou tentar reverter e esconder os atos de valores do tenista, é hora de, nas quadras, mostrar o que a lesão do ano passado não tirou. E fazer valer o treinamento, e a recuperação das lesões. Ainda que seu técnico, Moya, ainda insista em posar de costas, em um tipo de protesto, não se sabe, exatamente, embasado no que. Bem menos de costas, Federer já foi para a Suíça, depois de um bronze de óculos escuros, e provar que não sabe preparar uma lagosta. Dessa vez não deu. Mas ele ganhou ano passado, com a saída de Nadal. Um dia, e outro. A menos e a mais. Depende da visão endireitada ou distorcida, é que se dilatam alvos, ou se encurtam, por ânimos levantados ou abatidos. Novak não tem tantos motivos para se animar como Rafael Nadal. O ano foi meio insosso para ele, mesmo com a tomada da posição de número 1 que foi, assim, com gosto de adoçante, fake sugar, porque, alçar ao primeiro lugar do ranking, sem luta, é algo, assim... um favor.
All safe, se o sérvio vai preparar a dança para fazer chover, ou se vai dar sol, aí que são elas.

A praia está perto para o bronze. A corrida é para a recuperação do número 1. Ela, a colocação, não fica muito bem para Novak. Ele deixou a brecha aberta depois de piscar muito. Oftalmologista.
Nadal não pisca. (Rosaly Queen - Berlin at 9) (Big NY Press) (Almighty Agency) (Fotos: Reprodução)