Captives: for a good reason. Cativos, apenas por ótimas razões.



A noção de "cativeiro" para as sociedades modernas tem muitas inflexões. Cativos por se prenderem a algo ou alguém por um muito bom motivo, em uma sociedade solta demais, desgarrada, perdida, sem rumo. Confusa. O prazer é fazer igual ao outro, repetir a opinião da maioria, afinal, podem estar cheios de razões próprias, com um único detalhe: não são a sua. É como na tv. Você está cansada, cansado, ou com preguiça. Chega, aciona o controle, turn in, e você absorve o que está ali. Se não foi bem a opção que você teve, você muda de canal. Mas dia a dia absorve a opinião do apresentador, do repórter, e, claro, ninguém é inocente de lembrar que há uma defesa própria do canal de interesses. Que esporte? Se a tv não gostar do determinado atleta, com quem teve algum stress, desentendimento, vão chover comentários ruins, abordagens péssimas, estilo enxergar o copo de Coca-Cola como barro liquido. Você, não, ama aquelas bolinhas estourando, geladinha, no calor, com gosto de festa. E o que falam... E daí? Ou tem o outro lado, de mandar uma equipe agradar, afagar o ego, até distorcer informações e opiniões de outros, e introduzir, pouco a pouco, com uma simpatia mórbida, um sorriso mesquinho, a introjeção dos contentos deles. Você sabe selecionar? Você pensa que sim, mas pouco a pouco para de reagir, e a opinião comum, preguiçosa, sem filtro, acaba se tornando a sua. É bem mais fácil que introduzir um novo padrão que é contrário à maioria, e contradiz àquele canal. Mas é assim que a estória do esporte foi, várias vezes, guiada por um GPS perigoso, do volume de comentaristas, que está ali, sentado, mas não fazendo o trabalho do esforço físico. E chove opiniões, introduz uma enxurrada de preferências e despreferências segundo o marketing digital, enquanto faz jogos psicológicos e manipulações insanas e doentias em troca de troco de propaganda. E a tv, mídia, começa a definir o que acontece no esporte, nas vagas do esporte, nas ascensões e quedas do mesmo. Difícil ver quem não se defende, depois de tanto trabalho feito, e simplesmente, se entrega. Ao marketing, ao volume de pessoas contradizendo e inventando estórias picárdicas, segundo um conceito e manipulação de tv. Um agrado aqui, uma bomba ali, um deboche, um ajuntamento de pessoas que deveria ter o senso comum de parar, mas fomentam o ódio, a destruição, e ainda não entenderam o por que. A disputa para derrubar. A introjeção de culpas, acusações, distorções de posts, usos distorcidos, e tvs que desabaram, só sabem imitar, copiar, para distorcer, e caem no infantilismo de juntar uma bandinha mole, derrubada, porque acha que só debochando vai abafar. Controlar. Só assinou seu próprio descambo. Até quando quem se esforçou para atingir um patamar na vida, no trabalho, no esporte, na vida e lifestyle, vai se entregar a opiniões vingativas, que só operam em favor de enaltecer egos orgulhosos, e destruidores do sentido que o esporte, a vontade de vitória certa, não deveria alçar? Até que todo mundo pare de reagir, e deixe o pagode conduzir a mesa de pebolim, tão descarada, para agradar e atingir, e quebrar pés e pernas, ameaçar na tv, servir cafezinhos envenenados. Quem vai reagir? Quem vai se entregar? À fofoca, à jogada vazia, com propósito nada, só da doença disputória e estressante, burra, mutiladora, da vida estranha moderna? Vão sobrar braços para se levantar? Hands up? Mãos para comemorar a vitória, ou checar o celular, para ver quem vai derrubar quem? Mentir para sair no tapa? Usar o perfil de quem como ganho próprio de imagem?
Está na hora de que? Ser igual a todo mundo, ter medo de capas enganosas de jornais, revistas, inserções abobadas de algumas tvs, que se renderam à réplica, ao rebote, e não à criação?
Quem vai deixar o dia enegrecer, ou quem vai lembrar que, no inverno gelado, é simplesmente o sol que aquece tudo em uma vasta área, gratuito, e não o aquecedor do hotel, da casa de montanha?
Até quando vai uma guerra burra, entorpecedora, que reduz dias, prazeres bons, da necessidade de se escapulir da derrota aparente, e se submeter ao medo da opinião alheia?

Querer mais, ver adiante, parar de se ater ao celular como fonte de GPS certo, porque são inserções desnorteadoras, se, não, as propagandas benéficas de estilo, para quem não cria, apenas copia, para tentar, fazer uma graça meio dopante. Doping. Olhe o relógio. As horas. Não estenda a bandeira nem vista a camiseta errada. Certas provocações de ego assinalam a infantilidade desnecessária. E'... Pe, O' ?

Mentalidade nova, ou expulsão forçada em levante maior de quem atrapalha a vida, mostra a esbórdia, anula países, alegrias de esporte, de moda, de lifestyle, de tudo. Levante-se! Reaja! Fale! Diga a verdade... Não se renda à intimidação de outros, de nomes, de pseudo-egos, de capas. você é quem vai determinar e fazer seu 2019. Não os outros. Seja cativo de amor, de felicidade, de coisas boas, de línguas menos afiadas, e mais dias de bronze em areais brancas, filtro solar em estações de esqui. Sol bom, que esquenta. Feliz novo ano! (Rosaly Queen) (Berlin at 9)