Como se perder sem posição na competição. How to get lost without a competition. Take 5.







      Para se chegar ao pódio e ter a altura de subir ao primeiro lugar, o esforço e a batalha têm que ser proporcional aquilo. A menos que seu adversário, o competidor, se machuque, tenha uma lesão súbita, exatamente quando tudo está indo muito bem. É que, na maioria das vezes, a medalha de primeiro é só para um, a partida é só ganha por um, só um time leva a taça final, e se todo mundo pudesse fazer o mesmo, levar o mesmo prêmio, não seria uma competição. Seria um ajuntamento de boas vontades que não levaria nenhum esforço a chegar a lugar algum. Alguém sempre vai ter que superar alguém. Só que, na competição acirrada, entra o vale-tudo, se alguém não é elevado como quer. Aí, se prepara o feedback. Esquecer o que leva alguém a chegar lá em cima, e partir para o ataque, que não seja em local de competição física, é menor, e perda de tempo.
A ultra competição do mundo do esporte leva a um ambiente perigoso, em que todos querem ser aplaudidos, mas um só leva o prêmio. E ai de quem for aparte e não concordar com ele. No tênis, o vale-tudo quer ser aplicado. Se perdeu, não aguentou, prepare a artilharia. E quem estiver na mira, de um, leva. Ainda mais se estiver distante, e outros quiserem também repetir a mira. Desqualificar alguém por palavras, por situações criadas e alimentadas de maneira alienante, é querer se mostrar melhor se não conseguiu se faze-lo até aquela hora. Tem quem mostre apoio, tente dar lições de vida, que só se aplicam a cada pessoa em singular. Ninguém tem a mesma experiência de vida de todo mundo, e nem o gosto de um pode ser remédio para o outro, nem a tentativa de desqualificar alguém, mentir, ou fomentar uma mentira, contando que se multiplique sem que outros nem saibam como aquilo começou e se espalhou, porque não cortou nem repeliu, dá margem a inversão de felicidade que é baseada na competição para ser mordaz, e fingir tapa nas costas. Vamos minar a força de um com a ajuda de todos, e ver como se sai nessa.
Novak Djokovic veio de uma temporada longa de ausências e sem vitórias. Com um descuido do espanhol Rafael Nadal, em Wimbledon, ele aproveitou a brecha, e no escape, impulsionou seu jogo, sem um grande adversário. Fica mais fácil. Quem não torcia antes na arqui-cadeirada, começou a forçar a torcida. Mas ele entrou na brecha. Sim, foi o número 1 do mundo por longo tempo. Andy Murray nem tanto. Mas gozou da primeira posição. O vestido amarelo de Kate Middleton provavelmente não era para ver Djokovic. Ele não teve tanto impacto. Mas aproveitou a vitória. E sabe qual foi o descuido de Nadal. Até aproveitar as chances de brechas que a vida dá, ok. Mas daí fazer um serviço certo, é temerário.
Você pode cantar na chuva, mas nem sempre precisa dela. O seco é melhor, e se embala do mesmo jeito. Mas daí a partir para ataques pessoais, se viu uma promessa de se validar cortada, de fé em si mesmo, o levantar as mãos para os céus pode ser um reconhecimento de milagre, agradecimento, ou de que roubou a magnitude que não era sua. Tentar o microfone, e amigos da imprensa, e forjar cenas estranhas, querendo, com seu nome, repassar alguma credibilidade em deboche, não há credibilidade em deboche. Há falta de reconhecimento que há alguém melhor que si,e que, na realidade, ocupa a primeira cadeira da tópica lista, que não é sua. Querer arrancar alguém dali à força, e ao embalo de piadas sem graça, que ele quer que se perpetue para veículos internacionais como "ideia de superioridade que seu deboche nominal pode fazer", não é bem assim. A senioridade de atitudes está em não reconhecer que quem treina melhor, se concentra melhor, não precisa de subterfúgios para atingir outros. Atinge a raquete, a bola, o lugar certo na quadra, a ténica. Pegar uma bola, e sujá-la, fazê-la rodar como enlameada, e dar declarações sobre a lama, para provar que é o melhor, é mero egocentrismo distorcido. Como os jatos que não desceram, e alguém tentou fazer servir de graça no sofá de casa, para se sentir ilesado. Lesou.
Se se está do lado certo, da técnica certa, da qualidade certa, não precisa se ganhar no grito. Só tenta o grito quem não se qualifica sem barulho. Gemer pode. Faz parte do impulso do esforço. Agora, ajuntamentos seniores sem cabíveis, para tentar se mostrar invencível, já quebrou a ponte para a vitória. Depende de qual ele quer que seja. Federer alfineta, mas Djokovic quer pegar pesado. Pena que não conseguiu fazer com a raquete o que queria, e entrou na brecha. Crie uma nuvem, e faça chover. Levante pontos negativos, e edite. Os positivos são melhores. Nem todo mundo joga tênis. Nem todo mundo clica uma câmera. Nem todo mundo aponta um dedo só. Nem todo mundo tem a mesma capacidade de se levar brincadeira com resposta outra, e o feedback é que bumerangue tem movimento. Querer usar de seu nome para tentar espalhar uma ideia falsa e pejorativa sobre alguém, nem todo país é Sérvia, nem todo desgosto se cura na internet, nem todo engasgo se resolve só com água, Mas pode ser Coca-Cola.Querer dar lição em quem não precisa de lição, conselho a quem não precisa, é correr atrás do vento. Mas exercita os músculos. Prepotência não combina com vitória. Força, foco, qualidade, sim. Todo dia é dia. De fazer valer uma lição, que não precisa estar distorcida na ABC. (Rosaly Queen - Berlin at 9)

(Foto: Reprodução)