White and Black, Kate and Naomi. Preconceito a francesa, e a Louis Vuitton.


Kate Moss e Naomi Campbell fazendo par no desfile masculino da Louis Vuitton, nas coleções de janeiro, pode ter parecido apenas algo tao comum e repetitivo no mundo da moda, ao invés de ser uma Cara Delevigne e uma modelo negra da nova geração. Ou Cara e Linda Evangelista, por exemplo. Mas o duo black and white veio no meio de turbulências de atitudes de algum famoso demonstrando atitude racista contra um nome do futebol internacional. Neymar Junior estava sentado na primeira fila da grife, em lugar de honra, ao lado de David Beckham. Nao era apenas coincidência. Neymar foi alvo de ataque racista, defendido online, e alguns atletas do futebol, como Kaka, se manifestaram, ele, abraçado a um amigo negro de longa data. Absurdo dos absurdos, manifestações racistas, ainda mais, por pessoas ditas publicas, que deveriam ter outra postura. O mais estranho da estória é que, em ano de Copa do Mundo (antes de Neymar ter a lesão), teve gente dizendo que estava abrigando 'refugiados africanos' dentro de casa, naquela coisa bem de novela mexicana, na apelação de tentar parecer que estava assumindo uma atitude 'positiva', anti-racismo, em vésperas de começar uma nova novela, apoiada pela campanha de marketing ostensiva que a TV em questão, a Globo, brasileira, fez em cima. Tipo puxando a brasa para a sardinha imitando a atitude de outros, mas um pouco novelesca demais. Se teve modelo tirando foto em Instagram distribuindo balas para criancas pobres negras, adicionou o demais. Publicidade apelativa acima de tudo, e o que ficou abafado da Vuitton, que, claro, nao poderia queimar a imagem da marca, ainda mais com o atacante em time frances. Voila na correria do 'defenda-se-quem-puder" e pegue carona na ID dos outros. (Rosaly Queen - Berlin at 9).