O cartão postal do Rio de Janeiro ainda funciona como chamarisco internacional, apesar de todos os problemas que a cidade enfrenta. Os estrangeiros ignoram a maioria, e só quem realmente passa mais tempo no Rio entende que a foto não combina bem com o que vem no detrás. Coisas de marketing embrulhado, que esconde tiroteios quase diários, sem aviso, às vezes às 6:30 da manhã. Por uma hora seguida. Mas... vem o fim de ano, e a cidade se encheu antes da demanda que quer outros destinos prefere sair para roteiros diferentes. O Rio ainda é atrativo, e estrangeiros chegam em penca. Navios desembarcam dezenas deles, aeroportos, e demais. Multilingue, os hoteis já estão com lotação quase total. Na orla de Copacabana, difícil encontrar opção de hospedagem, mesmo na região da Barra da Tijuca, mais afastada, que não conseguiria ver nada da festa de Copa, só mesmo festanças preparadas ou particulares. As diárias já triplicaram de preço no começo da semana. Quadruplicaram. Uma que poderia sair, de frente para o mar, a 600 reais, pulou para 1300, 1900. Ceias de reveillon sem hospedagem no topo de hoteis na orla de Copa, a 1900 reais. Também. O Rio convidativo fica caro, e a cortesia sai de cena muitas vezes nos hoteis, lojas, e ainda há muito que aprender em questão de comércio. E na segurança. Roubos, furtos, extravios de malas, objetos, podem se virar contra o turista, mais desavisado, que é supreendido por situações inusitadas, e roubos e furtos que acontecem no vulgo "cara dura". Aí, o culpado pode ser você. Numa cidade cheia, desconfiada, onde o tumulto que enriquece e paga a cidade impera e muitos ânimos também, difícil provar quem é quem. Não dá para esperar um mar de rosas, o lado caótico vai ser esquecido pelos minutos dos fogos, a ceia, e os abraços dos amigos, até que dia primeiro caia a preguiça, a comilança, e dia dois faça a rotina voltar ao quase normal. O show que acontece na virada do dia 31 no Rio já antecipou que a movimentação de turistas e locais deve ser bem maior, e os cuidados para voltar para casa, hoteis fora de Copacabana, foram dados como alerta. Quem não quis a costumeira festa que avoluma a capital todo ano, já partiu para outros destinos, talvez menos Washington, para não dar de cara com o ex-prefeito Eduardo Paes, persona non grata para muitos cariocas. Mas ele deve ter ido esquiar. Tomara que não na nossa direção. Feliz ano novo para quem faz questão de comemorar o dia 31 como virada de tudo. Apesar de muito ainda ter que ser feito na prática, e não só em dia de festa. Voilá. Rio is atractive for thousand of tourists specially during the New Year´s celebrations. The city is crowded. Tourists from everywhere had arrived to the city by plane, ships, cars, waiting for the fireworks. Hotels are full, mostly, and even those which are distant have no places available for the party so far. Friends getting together, or some running away from the chaos that Rio is becoming the last days. Copacabana is the most attractive for tourists now, and prices in hotels are so high. A new year´s eve party starts with prices of 1900 reais at the top of hotels. Yes, this is Rio. People nervous, running in the streets, many lost looking for some address, a way to get to some postal cards. Ignoring what is part of Rio´s routine. Have a ID with you, if you are in Rio. Anything can become against you, even if you are the victim. Be aware. To enjoy the party its important to be aware that Rio is not Berlin, or some european city, full of rights and security. Dont count on that. Just keep your belongings safe, be aware with taxis high prices, and Uber apps and their very weird GPS. And check if your final destiny with Uber is closed as you arrive somewhere, checking the cellphone. Many drivers are not closing the final destinies of some passengers, and you may pay more for some address that isnt yours. Anyway, prepare another turkey, get the salad or desserts, or pay 2000 reais for a dinner at some Copacabana´s hotels. Hug some people, and get back to the routine on january the 2nd. But change your year and dont count only with destiny. Happy New Year. (Berlin at 9) (RQ)